sábado, 21 de março de 2009

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO ÍNDIO GOITACÁ

O rei de Portugal D. João III doou as terras entre o Cabo de São Thomé e Cabo Frio a Pero de Góes, que aqui desembarcou em 1539. A Capitania de São Thomé tinha 30 léguas de costa, e, para colonizá-la, Pero convidou o amigo Martim Garcia, alguns parentes e dez ou vinte colonos. Eles fundaram uma povoação entre os rios Itabapoana e Paraíba do Sul, na região do atual município de São João da Barra, batizando-a de Vila da Rainha, onde plantaram as primeiras mudas de cana-de-açúcar do estado. Segundo o frei Vicente do Salvador, que escreveu uma história do Brasil em 1627, a povoação esteve bem nos dois primeiros anos. Depois, os índios se insurgiram e atacaram o povoado durante cinco ou seis anos, intercalados por breves tréguas. O fidalgo não suportou a sequência de ataques e partiu com sua gente para o Espírito Santo, usando embarcações que lhe emprestou o negociante Martim Ferreira. Num dos trechos do livro, o padre diz o seguinte: “No distrito desta terra dos Aitacazes, que é toda baixa e alagadiça, estes gentios vivem mais à maneira de homens marinhos do que terrestres; e assim nunca se poderão conquistar [...] porque quando se tenta colocar as mãos neles, metem-se dentro das lagoas, onde não há entradas a pé nem a cavalo; são grandes nadadores e a braços tomam peixe, ainda que sejam tubarões, para o que levam um pau de mais ou menos um palmo que lhes metem na boca direito, e como o tubarão fique com a boca aberta, [...] com a outra mão lhe tiram as entranhas. [...] Os levam para a terra não tanto para os comerem, mas para dos dentes fazerem as pontas de suas flechas, que são peçonhentas e mortíferas, e para provarem força e ligeireza. Dizem que as provam com os veados nas campinas, tomando-os a punhos, e ainda com os tigres e onças e outros ferozes animais. “Estas e outras incríveis coisas se contam deste gentio, creia-as quem quiser, porque nunca foi alguém ao seu poder que retornasse com vida para contar”. Na ‘Historie Pittoresque des Voyages’, também faz outro relato assustador sobre os Goitacás, que seriam canibais que adoravam carne européia. Diz parte do texto: “Os Ouetacás não cessam de guerrear seus vizinhos e não recebem estrangeiros entre eles para negociarem. Quando eles não se julgam mais fortes, fogem com ligeireza comparável à dos veados. Seu porte sujo e asqueiroso, seu olhar feroz e sua fisionomia brutal fazem dele o povo mais odioso do Universo; ele se distingue da maior parte dos indígenas do Brasil pela sua cabeleira a qual deixam cair pelas costas e só cortam um pequeno círculo na fronte. Sua linguagem não parece com as dos mais próximos vizinhos. Não se trata com eles senão de longe e sempre com a arma em punho, para reprimir pelo medo um apetite desordenado que se excita neles à vista da carne branca dos europeus. As permutas se fazem à distância de cem passos, quero dizer, de uma a outra parte se leva a um lugar igualmente distanciado as mercadorias. Amostram-nas de longe, sem pronunciar uma palavra e cada um deixa ou toma o que lhe convém. Mais parece que a desconfiança é recíproca e que, se os portugueses temem serem devorados, os Ouetacás não temem menos a escravidão”. Como se vê, tudo o que norteava a atitude arredia dos índios de Campos era a manutenção de sua soberania e liberdade. Aos portugueses, qualquer ato que impedisse a colonização era tido como criminoso, razão pela qual tão facilmente se disseminaram as histórias de canibalismo. Se um índio fosse pego cortando uma cana ou um cacho de bananas, atos que para ele eram o costume desde tempo imemoriais, seria logo castigado ou escravizado; sem compreender a punição, os índios, logo que se soltavam, retornavam à tribo para dar conta da violência que sofreram, despertando o compreensível clamor de vingança entre os seus. Os Goitacás, então, atacavam os telhados dos colonos, feitos de palha, com flechas incendiárias, para depois alvejarem seus moradores.
RITUAIS DE GUERRA
A verdade sobre o apetite de carne humana: havia entre os índios da região, Goitacás ou não, a tradição de comer a carne e beber o sangue do inimigo derrotado, tanto para reincorporar à tribo o espírito de antepassados mortos pelo inimigo, quanto para dar coragem aos novos guerreiros. O capturado era engordado e tinha à disposição uma índia que lhe prestava os mais diversos serviços até o dia da execução. Nesse dia, toda a tribo bebia e dançava, inclusive o prisioneiro, que depois tinha o corpo atado. Era levado às tribos vizinhas, onde podia contar como já havia amarrado seus inimigos e como sua tribo viria vingar sua iminente morte. De volta à tribo Goitacá, ao prisioneiro era dado um monte de pedras, e os guardas diziam: “que antes de sua morte lhe seja concedido o direito de se vingar!” O prisioneiro podia atirar as pedras nos dominadores, e várias pessoas saíam feridas neste ritual. Descarregada a raiva, o executor, que até então se mantinha oculto, se aproximava armado da ‘tangapemma’, um tacape todo enfeitado com penas. O carrasco indagava ao prisioneiro se era verdade que ele tinha matado e comido alguns companheiros, e era a glória do quase morto lançar um último desafio: “Dá-me a liberdade e eu te comerei a ti e aos teus!” Assumido o ‘crime’, o golpe com a pesada clava era desferido neste momento, e a índia que cuidara do prisioneiro se aproximava para chorar um pouco. Ela mesma, entretanto, se serviria daquela carne mais tarde. Outras mulheres lavavam e cortavam o corpo, esfregando o sangue nas crianças para nelas criar bravura. Os portugueses também se assustavam com a grande quantidade de ossadas que viam pela tribo e que os Goitacás tinham orgulho de mostrar. Mas tudo não passava de ritual de guerra, repetido por gerações e gerações até o extermínio dos indígenas.
CAÇADORES HOSPITALEIROS
Os Goitacás sempre foram hospitaleiros com náufragos e fugitivos, além de convidarem tribos amigas para suas festas. Veneravam um ser supremo, Tupã, ao qual se dirigiam com voz de lamento nas ocasiões de trovoadas. Os colonizadores de tudo fizeram para exterminar os antigos habitantes da planície, dando a eles até roupas de doentes para que morressem em grande quantidade, muitas vezes a tribo inteira. Para a história dominante, os colonizadores foram heróis que desbravaram uma terra selvagem, enquanto os índios eram apenas animais que se alimentavam de carne humana. Como vimos, a realidade não foi bem essa, e, se alguém teve os direitos desrespeitados, foram os índios, expulsos do lugar que sempre habitaram.

Imagem usada para o extermínio do Índio Goitacá


Pesquisa: Hélvio Gomes Cordeiro
Fonte: Revista Municípios em Destaque.
Imagem: Acervo do Instituto Historiar.

63 comentários:

  1. Exímios nadadores, corredores, azes do arco e flexa... A qual usavam ervas venenosas nas pontas das setas. Devoravam a carne dos inimigos ainda trêmula....

    ResponderExcluir
  2. ESSA SEMANA, NO PRÓXIMO DIA 19 DE ABRIL, ESTAREI UTILIZANDO ESTAS INFORMAÇOES PARA COMPARTILHAR O ASSUNTO COM MEUS ALUNOS. ALUNO CAMPISTA, OU PELO MENOS RESIDENTE DA PLANÍCIE GOITACÁ, TEM QUE CONHECER ESSES GUERREIROS EXTINTOS! PARABÉNS PELO APANHADO

    ResponderExcluir
  3. parabens pela belissima postagem temos uma cia de teatro chamada goitacá em homenagem a esses bravos guerreiros

    www.ciagoitacateatro.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. NÃO FOMOS ESTINTOS NOS ESTAMOS MORANDO EN OUTRAS ALDEIA PELO BRASIEU MORO NA ALDEIA JUNTO COM OS INDIOS PATAXO ESTOU VIVO MEUS ANCESTRAIS SÃO TODOS GOYTACAS MEUS FILHOS SÃO INDIOS GOYTACAZ COM PATAXOS MINHA ESPOSA OU (JOCANA)NO IDIOMA PATXOHÃ É PATAXO O NOME DELA E TAMYKUÃ PATAXO QUE QUER DIZER EM POTUGUES (ESTRELA) MINHA FILHA É ANGÓHÓ QUER DIZER (LUA) MEU FILHO É RAIÔ QUER DIZER SOL EU SOU RAIOÂ QUER DIZER (ECLIPSE SOLAR) MEU IMAIL É CACIQUEGOYTACAZ@HOTMAIL.COM.AMNHA VOU COLOCAR NOSSAS FOTOS E VIDEOS INDIGENAS DAS NOSSAS FESTAS E ROUPAS NOSSAS ARMAS ARCO FLEXA ZARABATANA TACAPES

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que vc seja.muito feliz e resgate sempre seus antepassados ! Eu sinto muito pelo que fizeram a seu.povo!!

      Excluir
    2. Olá!! Bom ter achado vc!! Me add por favor fiz um grupo vou te convidar lá OK?

      Excluir
    3. Tem que aparecer aqui em Campos dos Goytacazes. RJ . Serão bem tratado irmão

      Excluir
    4. Por favor eu gostaria de ver as fotos! Obrigado!

      Excluir
    5. Se ainda estiver viva me adiciona sou professor de história 968055312

      Excluir
  5. Oi, Raioâ. Meu nome é Thais sou descendente de índios goicatá e quero muito saber se ainda há índios de nossa tribo, pois na internet dizem que a nossa tribo foi extinta. Por favor, você tem facebook, aonde estão os vídeos e as fotos que disse que colocou na rede. Desde já te agradeço! Um grande abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Somos parentes!!!! Feliz em te achar, sabes bem que aqui em Campos RJ poucos falam sobre nossa ancestralidade. Vou te enviar emails e meu face vc me encontra Jô Goytacá. Feliz demais ayaya!!!

      Excluir
    2. Vou te add no grupo que fiz etnia Goytacá

      Excluir
  6. Eu Tbm sou descendente da Tribo Goitacá fico muito contente por saber um pouco da história do meus antepassados.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vamos marcar um grande encontro descendentes Goytacá no face vc me encontra como Jô Goytacá

      Excluir
  7. Ola Sou descendente Puri
    Minha avo foi pega a laco em Muqui/ES era casada com Ex Escravo Kilombola .
    Hoje tento Obter a Cidadania INdigena junto ao Minsiterio da jsutica e a Funai . so me basta agora uma certidao de proprio punho de um cacique pode ajudar ? caso possa Eu goastria de certificar este laco sanguineo com exame de DNA aonde ira provar a minha Origem e lacos
    quem sabe nao somos parentes ?
    meu skype:andre.shogun
    e mail neyous@live.jp
    vivo no Japao em Tokyo
    abracos.

    ResponderExcluir
  8. Não fomos exterminados, mas sim catequizados e ganhamos nomes de bichos.

    Eu sou Bruno Cordeiro, filho de Maria José Pessanha Cordeiro de campos dos goytacazes/RJ.

    ResponderExcluir
  9. sou descendente goitacá,minha bisavó era de Mandembo, uma região de mata perto de Mercês Mg, o nome dela é Francisca Epifania Ramos. Eu moro em Juiz de Fora Mg e gostaria muito de saber mais da história do meu povo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Gadareno, sou bisneto do goytaká, me manda uma msg: brunowagnersou@yahoo.com.br; ou bruno wagner goytaká santana (instagram).

      Excluir
    2. Eu tenho uma foto de minha bisavó indigena e quero confirmar se era Goytacas ou Pataxó, tenho duvidas. Estive na tribo Pataxó há muitos anos e fui super bem tratado. Na época eu ainda não tinha encontrado esta foto. Se quiserem entrar em contato para trocar informações ou me adicionar a algum grupo indigena, meu email é robsongutierre@gmail.com

      Excluir
  10. segundo relatos de meus avós, a mãe de minha bisavó, era índia e foi pega a laço, próximo ao município de Bom Jesus do Itabapoana. Ela teria se casado também com um ex escravo e dessa união nasceu minha bisavó, que embora fosse mulata tinha cabelos muitos lisos e negros, e mantinha costumes e palavras em dialetos desconhecidos que foram ensinados pela mãe dela. Eu não tenho como comprovar esse vínculo, mas gostaria de saber se é possível fazer algum exame que possa comprová-lo. Havia alguma outra tribo que habitava essa região na época?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Puxa que bom ,você já fez dna de origem para saber realmente sobre isso? Só o testes de DNA de origem Ydna e o Mtdna ,teste completo de pai e mãe,laboratório.
      site:23andme.com

      Excluir
  11. A minha avó era da tribo Goitacá e os descendentes dela, que estão espalhados por aí, possuem traços indígenas, inclusive alguns possuíam estatura altíssima. Eu fico apavorada com o fato de não termos uma identidade preservada, como é tão comum em países diversos e até em algumas cidades brasileiras. Infelizmente, os dirigentes de nossa cidade nunca se preocuparam em preservar nada. Foi descoberto um sítio arqueológico quase em frente ao cemitério do Caju, mas creio que por falta de incentivo, as escavações e suas descobertas não foram em frente. Deprimente

    ResponderExcluir
  12. Me esqueci de dizer que o sobrenome que a índia passou a ter após se casar com meu avô, que era francês, foi Vigneron

    ResponderExcluir
  13. Também sou índio . Minha avó foi caçada em ES Vitória . Por parte de pai meu avô era filho de índio de São Fidelis RJ . Tenho Oxossi vivo em minha alma .

    ResponderExcluir
  14. Parabéns por manter viva alguns traços que eram de nossa cultura, tenho interesse em saber mais sobre a arte, costumes e dialetos. Saberia se existe algum tipo de museus dedicado a isso? Meu nome é Rodrigo Moreira Amaral : rmoreiraamaral@gmail.com; rmoreiraamaral@hotmail.com

    ResponderExcluir
  15. Olá Rodrigo Amaral,

    Há um museu que conta a história da cidade. O mesmo se encontra no Centro da cidade em frente a Praça São Salvador.

    ResponderExcluir
  16. minha tataravó foi pega à laço no rs...da tribo guaraní....sinto seu sofrimento na minha carne....e condeno a forma de apropriação da terra pelos invasores europeus....mas sinto tb que a força das tribos está viva e pulsante...muitos guerreiros estão voltando ...e reivindicando seus costumes e sua nação.

    ResponderExcluir
  17. Parem de dizer que os antepassados de vocês foram "pegos a laço", essa é uma forma pejorativa de se referir às relações entre nativos e colonizadores. Minha bisavó era Goytacá, levamos muitas tradições transmitidas por ela, o cachimbo dela ainda está conosco. Oxossi!

    ResponderExcluir
  18. Olá, Meu bisavô era um italiano que teve duas filhas com uma descendente de índio goitacá por volta de 1917. Gostaria de entrar em contato com algum descendente desse povo indígena para conversar um pouco a respeito da miscigenação mameluca. Aguardo contato:

    nascimentovalnei@hotmail.com

    ResponderExcluir
  19. Interessante saber um pouco sobre a historia desses índios. Tenho descendência tbm desse povo e quero me aprofundar mais nesse lado desconhecida da minha família.
    alexinagoki@hotmail.com

    ResponderExcluir
  20. O interessante é que mesmo dita "extinta", temos descendentes espalhados pelo Brasil. Isso de deu ao fato de não ter o total extermínio, alguns se transformaram em Purís, outros em Guaranís, e assim foi seguindo as gerações. O importante é essa identidade, mesmo sendo um pesquisador da cultura Goitacá (somos do tronco Macro-jê, aprendo a cada dia, seria uma boa trocarmos uma ideia galera, que tal?
    meu contato: vjdobf@gmail.com

    ResponderExcluir
  21. Prezado recomendo a leitura do livro livro subsídios para a História de Campos de Júlio Feidit ( esta obra foi doada a muito a biblioteca municipal de Campos).

    ResponderExcluir
  22. Minha bisavó era índia da tribo goitacá não fomos extintos

    ResponderExcluir
  23. Encontré una partida de bautismo de una tia abuela y la sorpresa fué que el apellido se mi abuela no era como nos lo había dicho nuestro padre , si no que era GOITACAZ.Así que recien estoy conociendo mi verdadero origen .Mi abuelo era Emeterio de Azevedo y su esposa Mauricia Goytacaz. ojala pueda saber un poco más sobre su vida.

    ResponderExcluir
  24. Me convida, meu número é 21990363872

    ResponderExcluir
  25. Sou descendente dos índios goytacá,minha avó uma índia alcoólatra via contando histórias de que seus avós eram índios Goytacazes que sumiram no mundo depois de ter a filha roubada por uma família de Portugal que veio morar em campos RJ.por favor entre em contato quem souber alguma coisa e descendentes dos goytacá.Zap 21 9 65770834

    ResponderExcluir
  26. Não entendi uma coisa, em uma parte do texto diz q os goytacaz não se comunicavam não nas trocas de mercadorias, depois no fim diz ser um povo hospitaleiro com náufragos e q convidam tribos vizinhas, sendo q falam também q viviam em que era com vizinhos sem cessar,não entendi nada.

    ResponderExcluir
  27. Meus avós antepassados também eram dessa nação; desde pequeno eu sabia manejar o arco e flecha além de lança; para espanto de todos eu não aprendi com ninguém eu já nasci com essa habilidade, agora com 19 anos sou um exímio atirador tradicional e essas armas foram feitas pelas minhas mãos,além disso meu cabelo é todo preto, meus olhos são amendoados e não tenho barba.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Somos ancestrais de nós mesmo e de nossos parentes biológicos.

      Excluir
  28. Criamos um grupo no Facebook para relembrar nossos ancestrais. Contém suas histórias. Vamos compartilhar nossa memória e honrar nossos ancestrais. Participe!

    https://m.facebook.com/groups/541624095909709?view=permalink&id=3490785090993580

    ResponderExcluir
  29. Muito me entristece saber que um povo tão valente, assim como outras tribos, tenham perdido sua liberdade cultural e seu espaço entre nós. O "branco" sempre apoderando-se do direito e dignidade de outros povos, usando dos métodos mais sujos e covardes, para dominar e prevalecer sobre todos. Lamento sinceramente as milhares de perdas humanas sofridas pelos valorosos Goytacás.

    ResponderExcluir
  30. Minha mãe conta que a sua avó contava que era filha de uma índia caçada no mato. É a única informação que tenho dessa ancestralidade. Acredito ser goitacá pq sou Campista e meus avós e bisavós tbm. Tenho bastante interesse no assunto. Apesar de ser de Campos, pouco se fala sobre os índios na nossa formação escolar e é uma pena, já que faz parte da história e cultura das pessoas da região.

    ResponderExcluir
  31. Sou pesquisador e preciso de informações sobre a conexão dos goitacazes com os temininós - principalmente da região de Serra-ES. Meu e-mail é irineucruzeiro@gmail.com

    ResponderExcluir
  32. Minha bisavó era neta de Goitacá, próximos à região de Aperibé e Itaocara. Ela sempre contava a história da avó, sequestrada e estuprada, que teve a mãe dela. Só que ela contava isso usando o termo do colonizador. Ela viveu até os 102 anos, até os 100 era lúcida, conservava além de muita força e memória, os cabelos da cabeça quase todos pretos e quase nenhum pêlo.

    Se outros parentes puderem me convidar pro grupo ficarei agradecide.

    bmatta88@gmail.com

    ResponderExcluir
  33. Minha avó sempre falou sobre os avós dela, dizia que o avô era português e achou uma índia perdida no meio do mato, nas terras dele em Rio Preto, distrito de Campos. Segundo ela, o português pegou a Índia goytacá à laço e amarrou-a no pé da mesa, visto ser muito brava. Pra concluir, ele se casou com a Índia.

    ResponderExcluir
  34. Também sou descendente de indígena...as pistas indicam botocudos, mas, vou continuar procurando até ter certeza.

    ResponderExcluir
  35. Eu gostaria de saber mais e ver as fotos também!

    ResponderExcluir
  36. Essa é uma curiosidade enorme que tenho. Pois sou nascido em Campos, minha família materna é toda descendente da região. Moro no RJ, Capital, mas,amo Campos. Saudade da estátua do Índio.
    a13gomes@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
  37. Minha Bisa contava história da sua época, qnd ainda vivia com sua família,qnd foram escravizados, ela era da tribo goytacá, ela relatava como era antes de serem escravizados, como caçavam para comer, mesmo escravizados não perderam certos hábitos. Bom saber que ainda existem remanescentes dos meus ancestrais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Você é um deles. Tem que assumir sua identidade indígena.

      Excluir
  38. A prova de que os Goitacazes eram feraz. É o fato de que as outras tribos tiveram boa relação com os colonizadores.

    ResponderExcluir
  39. Todos os povos do mundo começaram como feraz. E foram evoluindo. Os Goitacazes estavam na fazer mais primitiva do ser

    ResponderExcluir
  40. Sou bisneto de goytaká e estou procurando outras pessoas que também tenham essa ascendência. 21-999919051 / brunowagnersou@yahoo.com.br

    ResponderExcluir
  41. Boa noite! Eu tbm sou descentes índio goytaka, minha bisavó tbm foi pega no laço...

    ResponderExcluir
  42. Olá pessoal sou da cidade Rio das Ostras
    Sou fã dos goitacá e acho q eles chegaram a habitar aqui tbm ( temos um sitio arqueológico muito mas muito pequeno e tem ossos enterrados lá nao me lembro ao certo se eram dos goitaca )

    PRIMEIRAMENTE peço q não desistam dessa luta de vcs se o povo de vcs ainda sim existem mesmo q por descendência
    lutem por isso façam testes de DNA busquem pesquisadores pra coletar amostras de cabelo ou dente de algum sitio arqueológico COM AUTORIZAÇÃO q contenha algum goitaca enterrado para q seja feita uma pesquisa e ver se vcs tem MESMO Q POUCO
    alguma ligação COMPROVADA CIENTIFICAMENTE com os goitaca
    Pq isso seria incrível um dos povos indigenas do nosso país dito como extintos q eram com certeza os mais aguerridos e misteriosos do país
    Possuírem descendentes ainda vivos

    Eu estou criando um RPG de mesa
    ( é um jogo aonde a gente está em um mundo imaginario
    e nele nós interpretamos um personagem criado pro nós mesmo
    ( q tem suas características e personalidade própria etc... )
    Tem uma pessoa q será o narrador e irá contar a história e é ai q nós entramos com nosso personagens para interpretar e atuar imaginando como nosso personagem reagiria a diversas situações impostas pelo narrador e vice versa
    gerando assim uma grande aventura pra nós divertirmos e nos imaginarmos vivendo numa época passada
    O jogo por exemplo se passará no século 15 no Brasil envolvendo povos indígenas do Brasil, povos indígenas de paises vizinhos,
    uns dois povos africanos e claro os colonizadores

    E os goitaca foram os primeiros q eu escrevi sobre e com certeza é um dos povos q eu acredito q os jogadores irão querer muito interpretar e viver como um

    Eu não sei se minha msg vai ser autorizada ou eu serei notificado com alguma msg de vcs mas continuem lutando!

    ResponderExcluir
  43. Regina Garcia de Sousa29 de dezembro de 2021 às 11:23

    Conheci minha bisavó e convivi um pouco com ela quando tinha 7 anos ( nasci em 1951). Lembro dela mascando fumo ou fumando cachimbo e de cócoras, comia com as mãos, cabelos longos e brancos. Ela narrava que era de Vila Velha,onde meu pai nasceu, casou com um portuguÊS. FRANCISCA OLIVEIRA DA SILVA seu nome de batismo Francisca da Silva, o Oliveira do português. Minha avó, filha dela, Otilia, dizia que o pai assim que ela casou , com apenas 14 anos, vendeu as terras e fugiu com o dinheiro todo, deixando elas desabrigadas e tendo que mendigar para sobreviver. Eu gostaria de fazer teste de DNA e ver se encontro mais algum descendente. Conheci tb a irmã de minha vó de nome Maria que teve apenas um filho de nome Vicente.

    ResponderExcluir
  44. lindas historias..Daria uma boa serie na Netflix

    ResponderExcluir
  45. Mas vocês são canibais?

    ResponderExcluir
  46. Boa noite
    Desejo saber mais a respeito dos Goitacases

    ResponderExcluir
  47. Eu tenho muito interesse em aprender mais sobre esse assunto. A historia que meu avô contou é que a avó dele era uma india da tribo de Goitaca e se apaixonou por um portugues. Sua familia nao permitou que eles ficassem juntos entao eles planejaram sua fuga. Na noite de sua fuga ele apareceu com o seu cavalo e a pegou a laço e fugiram. Esse seria o jeito mais rapido e eficaz. Meu avô e seus irmaos sao bem alto. Adoraria saber mais.

    ResponderExcluir
  48. Eu sou descendente Goitacaz da região de Mercês MG. Quero saber mais sobre minha origem.Se alguém puder me ajudar.

    ResponderExcluir